Bem vindos

Já há imenso tempo que ando para criar este blog, umas vezes por falta de tempo outras por falta de paciência... mas pronto finalmente aqui está ele... espero que gostem das viagens que lhes ofereço... só necessitam de um cadeirão e algum tempo...

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Música de Praia


Já lá vão alguns anitos desde que li este livro, não sei bem porquê ainda me recordo…

No decorrer da vida, há sempre um momento em que as agruras do passado e as promessas do futuro se encontram para dançar pela última vez............
145. A minha mãe também me ensinou que a beleza era um intocável dom maravilhoso, que muitas vezes pertencia mais ao mundo do que àqueles a quem o favor era atribuído.
146. A raiva é um grande anti-depressivo.
147. Não sei porquê, mas sempre fui mais feliz a pensar no sítio onde estive ou onde gostaria de
ir do que onde estou. É-me difícil ser feliz no presente.
148. (...) o exílio era a melhor maneira de santificar o regresso a casa.
149. A única escola que frequentei foi a dos erros e tentativas
150. Existe um pássaro bonito de mais para voar com os corvos e estorninhos. Os outros pássaros atacam-no em bandos e ferem-no quando ele tenta cantar. Nada que é terno consegue sobreviver. A natureza odeia a bondade e a docilidade. (...) Estão ambos tão cheios de amor que ficam desequilibrados. O peso insuportável desse amor inunda-os, excede-os e torna-os impossíveis de aturar. Precisam de amor em proporções iguais às que atiram fora. Toda a gente os desaponta. Mais cedo ou mais tarde acabam por morrer de frio. Nunca encontram o anjo certo.

“Sou um homem muito frio, mãe. Há algo em mim que arrepia aqueles que tentam chegar-se a mim (...). Não quero ser assim, mas, mesmo quando estou consciente disso, não consigo ser
diferente. Disse à Leah que o amor é mais uma coisa que tem de ser ensinada.
Penso que pode ser dividido em várias peças numeradas para tornar o seu manuseamento mais fácil. Acho que ninguém me ensinou, mãe. E acho que passou por cima de ti e do pai. Toda a gente está sempre a falar de amor. É como o tempo.
Mas como é que um homem como eu aprende? Como é que eu o faço sair da parte mais profunda do meu ser? Se eu soubesse como soltá-lo, partilhá-lo-ia com todos.
Distribui-lo-ia generosamente à minha volta. Mas ninguém me ensinou os passos dessa dança. Ninguém desmontou o amor para eu ver como era feito. Acho que a única maneira como posso amar é em segredo. Há um rio profundo em cujas águas me posso saciar quando não há ninguém por perto. Mas como está escondido e por descobrir, não posso chefiar uma expedição até lá. Por isso amo de modo estranho e oblíquo. O meu amor torna-se numa espécie de conjectura e não me sacia nem me apazigua a dor."

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