Bem vindos

Já há imenso tempo que ando para criar este blog, umas vezes por falta de tempo outras por falta de paciência... mas pronto finalmente aqui está ele... espero que gostem das viagens que lhes ofereço... só necessitam de um cadeirão e algum tempo...

sábado, 28 de fevereiro de 2009

A Bruxa de Portobello



A Bruxa de Portobello é mais um livro escrito por Paulo Coelho, conta a história de Athena, uma garota que foi adoptada por emigrantes libaneses que se estabeleceram na Inglaterra em função de uma guerra que assolava seu pais natal. Agora, eles têm que enfrentar uma intolerância religiosa que se assemelha? Existente nos tempos da Inquisição, quando os que eram considerados hereges pela Igreja Católica eram violentamente punidos, inclusive, sendo queimados vivos. Um retrato da sociedade contemporânea, onde o medo da mudança e o conformismo muitas vezes determinam o curso de nossas vidas.

A história de uma mulher, considerada por uns uma santa, por outros uma bruxa, este livro leva-nos a pensar nas diferentes visões que diferentes pessoas têm de nós.
Com um ritmo empolgante e uma riqueza narrativa invulgares, A Bruxa de Portobello convida a uma reflexão sobre o verdadeiro sentido do amor.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Uma vez na vida



Hoje que é o meu aniversário resolvi deixar-vos com este livro da Danielle Steele oferecido por um verdadeiro Amigo no Natal passado, escusado será dizer que não descansei enquanto não o li…

No seu mais recente livro Danielle Steel levou-me a viajar até ao mundo das crianças deficiente auditivas e aos sentimentos que travamos quando perdemos alguém que nos é querido… o medo que sentimos de nos apegar novamente a alguém… A perda de um filho, de um marido, de um amante e todas as repercussões que essas perdas tiveram na vida da heroína do enredo…

Danielle Steel nasceu em Nova Iorque em 1949. Estudou Literatura Francesa e Italiana. É uma das autoras mais lidas estando as suas obras traduzidas em mais de 80 línguas.

“ Só acontece uma vez, não duas,
os momentos fogem como ratinhos,
porque passam a correr,
a vida demasiado rápida,
e só para os mais valentes,
os fortes, os verdadeiros,
e quando o momento chega para ti,
não deixes que te passe ao lado,
porque num piscar de olhos,
o amor desapareceu,
o momento morreu,
ficou um toque vazio na tua cabeça,
o coração saberá quando o destino te murmurar ao ouvido…
oh, não tenhas medo,
amigo adorado,
porque no fim vale a pena pagar o preço,
a taxa, o custo,
quando tudo está perdido,
mas o amor ganho,
quando o verdadeiro amor chega,
existe apenas um. “


Já escolheram a cadeira à beira do lago, a mantinha para nos aconchegar...ora vamos lá então a viajar...

SINOPSE

Após sofrer UM grave acidente, a romancista Daphne Fields vê passar, na tela de sua mente,todos os acontecimentos que marcaram sua vida.Seus amores e suas tragédias lhe ensinam que só se ama uma vez na vida, mas que é uma vez para cada tipo de amor.Em uma noite de natal seu marido Jeffrey e sua filhinha Aymeé morrem num incêndio. ela não sabia, mas estava grávida. O bebê, Andrew, nasce surdo e ela sofre ao tentar adapta-lo ao mundo,até aceitar que ele tem que conviver com outros iguais a ele numa escola especial. É nessa época que ela começa a escrever.Após alguns anos, ela conhece John Fowler, homem do campo, por quem ela se apaixona e os dois vivem um período de intensa felicidade, até que um acidente na floresta onde ele trabalhava derrubando árvores o mata. Novamente sozinha, ela tem certeza de que nunca mais conseguirá amar de novo.Seus livros fazem sucesso e ela é chamada para fazer um roteiro de filme para um deles.Obrigada a ir a Los Angeles acompanhar as filmagens, acaba se envolvendo com Justin ? o ator principal. Mas no estilo de VIDA hollywoodiano dele não há lugar para ela e sua vida simples do campo e com um filho que ele diz ser retardado. Ao descobrir que ele a trai, ela o abandona.Durante todo esse tempo, uma pessoa esteve sempre por perto: Matthew ? diretor da escola de Andrew, amigo nos momentos difíceis, conselheiro, tão solitário quanto ela. Aos poucos ela se dá conta do que sente por ele,mas tem medo de amar e perder de novo, então prefere sufocar este sentimento.Mas no seu leito de hospital ela lembra o quanto a vida é frágil e que temos que aproveitar o pouco tempo que temos com cada pessoa que nos é querida, e amar todos os amores até quando nos é permitido.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Ando a ler...



No inicio de Janeiro fui contactada pelo Circulo de Leitores acerca de uma campanha que tinham em vigor, em que escolhiamos dois livros e eles ofereciam o terceiro, como adoro ler aceitei a proposta. Quando recebi a oferta confesso que nunca tinha ouvido falar em tal personagem, pesquisando na net descobri imenso sobre Frida Kahlo. Neste momento li mais ou menos 1/3 do livro, e graças á minha pesquisa deu para entender alguns escritos que de outra forma seriam indecifráveis, uma vez que não conhecia os seus quadros...

Espero poder em breve fazer-vos uma apreciação geral da recolha feita por Raquel Tibol acerca da vida e obra de Frida Kahlo.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Ser como o rio que flui


O escritor brasileiro PAULO COELHO nasceu em 1947, na cidade do Rio de Janeiro. Antes de se dedicar inteiramente à literatura, trabalhou como director e actor de teatro, compositor e jornalista. Em 1982, editou o seu primeiro livro, Arquivos do Inferno, que não teve qualquer repercussão. Em 1985, participou no livro O Manual Prático do Vampirismo, que mais tarde mandou recolher, por considerar, segundo ele mesmo, ''de má qualidade''.Em 1986, PAULO COELHO fez a peregrinação pelo Caminho de Santiago, cuja experiência seria descrita no livro O Diário de um Mago. No ano seguinte (1988), publicou O Alquimista, que, apesar da sua lenta venda no inicio, mais tarde se transformaria no livro brasileiro mais vendido de todos os tempos. Publicou outros livros como Brida (1990), As Valkírias (1992), Na margem do rio Piedra eu sentei e chorei (1994), a colectânea das melhores colunas publicadas na Folha de São Paulo, Maktub (1994), uma compilação de textos seus em Frases (1995), O Monte Cinco (1996), O Manual do Guerreiro da Luz (1997), Veronika decide morrer (1998), O demônio e a Srta. Prym (2000), a colectânea de contos tradicionais em Histórias para pais, filhos e netos (2001), Onze Minutos (2003), O Zahir (2005), A Bruxa de Portobello (2006) e a compilação de textos Ser como o rio que flui (2006), que foi publicada em apenas alguns países.Os seus trabalhos estão traduzidos em 67 idiomas e editados em mais de 150 países.
PAULO COELHO é:
Mensageiro da Paz da ONU
Embaixador da União Europeia para o Diálogo Intercultural para o ano de 2008
Membro do Board do Instituto Shimon Peres Para a Paz
Conselheiro Especial da UNESCO para "Diálogos Interculturais e convergências espirituais” Membro da directoria da Schwab Foundation for Social Entrepreneurship
Membro da Academia Brasileira de Letras
Dados sobre a obra:
Género Literário: São pequenas crónicas e muitas delas retiradas de livros anteriores escritos por Paulo coelho, e outras são apenas desabafos e histórias vividas por ele.
Personagens: Este livro não tem uma personagem principal, porque todas as personagem que vão aparecendo ao longo de cada crónica ou são imaginarias, ou amigos, conhecidos, pessoas com quem se cruzou ou, mais frequentemente, ele mesmo e a mulher.
Tempo e Espaço: A maioria das histórias decorre durante o dia. O local é mais difícil de descrever, pois ele conta história passadas no seu pais natal (Brasil), em países da India, América do Norte, Europa e muitas das vezes no seu moinho situado num povoado com cerca de duzentas pessoas nos Pirenéus.
Classificação do narrador: O narrador é o próprio Paulo Coelho. Na maioria das histórias é uma das personagens, porque são histórias reais vividas por ele. Mas algumas vezes ele refere-se a partes da Bíblia e outras histórias onde ele não é nenhuma das personagens. Portanto, em algumas das crónicas temos um narrador Participante, em outras temos um narrador Não Participante. Resumo da obra: Ser como o rio que flui é um livro escrito por Paulo Coelho e que não conta uma história, mas sim várias histórias e experiências da sua vida.É me difícil resumir este livro, porque fala de muita coisa interessante que poderia resumir em 5 linhas ou num novo livro com o tamanho do original. Ser como o rio que flui é uma experiência de vida única vivida através das letras e da leitura.Apesar de se basear muita vez em cultos religiosos, é um livro que pode ser lido até por alguém que não acredita em nenhum deus. Porque tudo o que está ali no fundo é verdade. Identifiquei-me bastante com o livro por isso, fala-nos da amizade, da morte, da vida, do futuro, do passado do presente e de Deus. Este livro fala da vida, e do seu sentido. Quem somos e para onde vamos.É impossível reter tudo aquilo que o livro diz, mas a mensagem principal diz-nos que nada nem ninguém para além de nos próprios pode viver a nossa vida. Cabe a nós decidir, bem ou mal, aquilo que queremos fazer. E que os maiores actos de coragem são aqueles que são vividos em silêncio.Aconselho este livro a toda a gente, certamente uns vão gostar outros não. Mas com certeza todos vão encontrar uma história onde se vão recriar, e reflectir em silêncio
A glória do mundo é transitória, e não é ela que nos dá a dimensão da nossa vida - mas a escolha que fazemos de seguir a nossa lenda pessoal, de acreditar nas nossas utopias e de lutar por elas. Somos todos protagonistas da nossa existência e, muitas vezes, são os heróis anónimos que deixam as marcas mais duradouras. Este livro é um corte transversal na anatomia da escrita de Paulo Coelho. Esta compilação de contos, opiniões e ideias constitui um belíssimo reflexo da vasta criação do escritor. Peças literárias de vários períodos e publicações compõem este livro, que tece uma linha sensível, acompanhada pelo olhar do criador, detendo-se naqueles pormenores da realidade quotidiana e da contemplação que destilam a subtil filosofia de quem observa a existência com a mesma placidez com que contempla um rio. Contar as histórias dos seres humanos, na sua variada e rica complexidade, é a missão que Paulo Coelho atribui à sua escrita, contando o que são e quem são, sem os prender àquilo que pretendem ou fingem ser. Quase como fotografias da vida, estas peças literárias são breves e intensas e revelam-nos pequenos momentos eternos de vidas de pessoas.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Dia de São Valentim



"O Dia dos Namorados, tratado em muitos países como Dia de São Valentim, é uma data comemorativa na qual se celebra a união amorosa entre casais, quando é comum a troca de cartões com mensagens românticas e presentes com simbolismo de mesmo intuito, tais como as tradicionais caixas de bombons em formato de coração. No Brasil, a data é comemorada no dia 12 de Junho, já em Portugal, a data é celebrada em seu dia mais tradicional: 14 de Fevereiro.

A história do Dia de São Valentim remonta a um obscuro dia de jejum já tido em homenagem a São Valentim. A associação com o amor romântico chega depois do final da Idade Média, durante o qual o conceito de amor romântico foi formulado.
O dia é hoje muito associado com a troca mútua de recados de amor em forma de objetos simbólicos. Símbolos modernos incluem a silhueta de um coração e a figura de um Cupido com asas. Iniciada no século XIX, a prática de recados manuscritos deu lugar à troca de cartões de felicitação produzidos em massa. Estima-se que, mundo afora, aproximadamente um bilhão de cartões com mensagens românticas são mandados a cada ano, tornando esse dia um dos mais lucrativos do ano.

São Valentim
Durante o governo do imperador Cláudio II, este proibiu a realização de casamentos em seu reino, com o objetivo de formar um grande e poderoso exército. Cláudio acreditava que os jovens se não tivessem família, se alistariam com maior facilidade. No entanto, um bispo romano continuou a celebrar casamentos, mesmo com a proibição do imperador. Seu nome era Valentim e as cerimônias eram realizadas em segredo. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens jogavam flores e bilhetes dizendo que os jovens ainda acreditavam no amor. Entre as pessoas que jogaram mensagens ao bispo estava uma jovem cega: Assíria filha do carcereiro a qual conseguiu a permissão do pai para visitar Valentim. Os dois acabaram-se apaixonando e ela milagrosamente recuperou a
visão. O bispo chegou a escrever uma carta de amor para a jovem com a seguinte assinatura: “De seu Valentim”, expressão ainda hoje utilizada. Valentim foi decapitado em 14 de Fevereiro de 270 d.C. "

vide: Wikipédia

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Equador



Decorria o ano de 2004 quando li este romance de Miguel Sousa Tavares...

"Quando, em Dezembro de 1905, Luís Bernardo é chamado por El’Rei D.Carlos a Vila Viçosa, não imaginava o que o futuro lhe reservava. Não sabia que teria de trocar a sua vida despreocupada na sociedade cosmopolita de Lisboa por uma missão tão patriótica quanto arriscada na distante ilha de S. Tomé. Não esperava que o cargo de governador e a defesa da dignidade dos trabalhadores das roças o lançassem numa rede de conflitos de interesses com a metrópole. E não contava que a descoberta do amor lhe viesse a mudar a vida. É com esta história admiravelmente bem escrita, comovente e perturbadora que Miguel Sousa Tavares inaugura a sua incursão na escrita literária. EQUADOR foi o fruto de uma longa maturação e investigação histórica que inspirou um romance fascinante vivido num período complexo da história portuguesa, no início do século XX e últimos anos da Monarquia. "

Miguel Sousa Tavares nasceu no Porto. Começou pela advocacia, que abandonou pelo jornalismo, daí chegando aos poucos à escrita literária. Em 2003, publica o seu primeiro romance, Equador, um bestseller, com mais de 250.000 exemplares vendidos em Portugal, editado na Holanda e no Brasil e com traduções em curso em várias outras línguas.

Uma viagem emocionante a São Tomé e Príncipe…

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Contos



Miguel Torga nasceu a 12 de Agosto de 1907 em São Martinho da Anta, Trás-os-Montes. Faleceu em 17 de Janeiro de 1995. De seu verdadeiro nome, Adolfo Correia da Rocha. Miguel Torga é o pseudónimo literário pelo qual ficou conhecido. Formado em Medicina pela Universidade de Coimbra, colaborou na revista Presença e dirigiu as revistas Sinal e Manifesto.
Em 1976 foi distinguido com o Grande Prémio Internacional de Poesia das Bienais Internacionais de Knokke – Heist, em 1980 com o Prémio Morgado de Mateus, em 1981 com o Prémio Montaigue (Alemanha), em 1989 com o Prémio Camões e em 1992 com os Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores e Figura do Ano da Associação de Correspondentes da Imprensa Estrangeira.

Analisar os contos de Miguel Torga é como analisar reflexos sociais do interior de Portugal. Suas personagens trazem o genuíno habitante da montanha. Ao nos adentrarmos pela paisagem humana das aldeias transmontanas, encontramos em cada esquina os rostos descritos no universo de Torga. Quantas lendas e costumes não nos conta essa gente que a narrativa de Torga registrou. São personagens inseridas no ambiente rústico e pobre das aldeias. São personagens natos nas dificuldades do frio cortante das montanhas e passam pela vida com a visão irônica de todo o meio do qual emanam as tradições, as crenças, o trabalho, a religião.
CRONOLOGIA
1907 – Nasce Adolfo Correia da Rocha em São Martinho de Anta (distrito de Vila Real).
1920 – Emigra para o Brasil.
1925 – Regressa do Brasil.
1927 – Fundação da "Presença" em que colabora desde o começo.
1928 – Ingressa na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra; Ansiedade, primeiro livro, poesia.
1930 – Deixa a "Presença".
1931 – Pão Ázimo, primeiro livro em prosa.
1933 – Formatura em Medicina.
1934 – A Terceira Voz, prosa; passa a usar o pseudônimo Miguel Torga.
1936 – O outro livro de Job, poesia.
1937 – A Criação do Mundo - Os dois primeiros dias.
1939 – Abertura do consultório médico, em Coimbra.
1940 – Os Bichos.
1941 – Primeiro volume do Diário; Contos da Montanha, que será reeditado no Rio de Janeiro; Terra Firme, Mar, primeira obra de teatro.
1944 – Novos Contos da Montanha; Libertação (poesia).
1945 – Vindima, o primeiro romance.
1947 – Sinfonia (teatro).
1950 – Cântico do Homem (poesia); Portugal.
1954 – Penas do Purgatório (poesia).
1958 – Orfeu Rebelde, poesia.
1965 – Poemas Ibéricos.
1981 – Último volume de A Criação do Mundo.
1993 – Último volume do Diário (XVI).
1995 – Morre Adolfo Correia da Rocha.
Adorei estas viagens…

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Diário de uma Ninfomaníaca



De todos os relatos que li sobre a vida na prostituição, o DIÁRIO DE UMA NINFOMANÍACA, da Valérie Tasso, na minha opinião, é um dos melhores. Porque é chocante sem ser apelativo e também porque ela continua ela própria do início ao fim, ou seja, antes e depois de ter se prostituído.
Vivemos numa sociedade machista. Se um homem gosta de sexo é natural, se uma mulher assume que gosta de sexo, é p.... Como se as mulheres ainda não tivessem adquirido o direito ao prazer. Como se o papel da mulher fosse o de apenas ser submissa ao prazer do homem. Por mais que o tempo passe, a sociedade ainda é presa aos mesmos valores.
Além disso, o DIÁRIO DE UMA NINFOMANÍACA é uma deliciosa leitura.
É o relato de uma francesa, de boas famílias, formada em gestão de empresas - o que vem desmantelar o conceito de que prostituta só é prostituta porque é semi-analfabeta, pobre ou porque não deu certo em mais nada na vida - que gosta assumidamente de sexo - se não me engano, ela considerava 4 relações díárias como o ideal - e que depois de passar um terror psicológico com seu namorado - que era pior que chulo - acaba por entrar na prostituição. Apesar da sua experiência no campo sexual, quando chega essa fase do livro, ela vive algumas das experiências e surpresas que todas as outras mulheres também viveram.
Algumas pessoas podem ficar escandalizadas ou estupefactas ao ler esse livro, mas tudo depende da mente - aberta ou não - de cada um.
Na brincadeira, a francesa Valérie Tasso assume que é “produto do Maio de 68”, já que nasceu em Janeiro de 1969 – escreve na sua edição de ontem o «Correio da Manhã», jornal que se publica em Lisboa. Uma história que o «Canal de Moçambique» regista, com a devida vénia.
Menina de boas famílias, licenciada em Gestão de Empresas e com um alto cargo numa multinacional, aos 30 anos atingiu ao ponto de não retorno. “Tive um namorado que, com o meu consentimento, me estoirava os cartões de crédito. As dívidas eram insuportáveis. Ganhava extraordinariamente bem mas o dinheiro não chegava”, conta.
Em dois tempos terminou o namoro e decidiu tornar-se prostituta de luxo para equilibrar o saldo bancário. “Era um bom negócio, ganhava muito mais do que agora e não pagava impostos”, comenta, entre risos. “Mas também era um vício porque na prostituição ficamos apaixonadas pelo dinheiro.”
Durante seis meses trabalhou num bordel de luxo. Pagou as dívidas, apaixonou-se por um cliente italiano com quem manteve um romance durante três anos e escreveu ‘Diário de uma Ninfomaníaca’ que só em Espanha, onde passou a viver, vendeu 200 mil exemplares. O romance com o italiano acabou e Valérie não cruzou os braços: aproveitou a fama que o livro lhe trouxe e tornou-se cronista na ‘Playboy’, colaboradora do programa televisivo ‘Crónicas Marcianas’ e ainda fez um mestrado em Sexologia. Pelo meio escreveu mais dois livros – ‘Paris à Noite’ e ‘O Outro Lado do Sexo’ (ainda não traduzido para português).
Em ‘Paris à Noite’ (Livros de Hoje), título que veio promover a Lisboa, recorda a viagem que fez à Cidade Luz e como se apaixonou por uma mulher com quem teve relações sexuais: “Nós não nos apaixonamos pelo sexo feminino ou masculino, apaixonamo-nos por pessoas.”
Defensora do sexo e da liberdade de expressão, crê que a maior parte dos casais não é sexualmente feliz: “As mulheres muitas vezes não estão na relação sexual. Estão fora, a pensar que são gordas ou que têm celulite”, diz. A expert deixa conselhos: “Os parceiros têm de ser espontâneos e perder a vergonha de perguntar um ao outro o que lhes dá prazer.”
Quando publicou ‘Diário de uma Ninfomaníaca’ usou um apelido falso para preservar a família. Mesmo assim, tal como os amigos, viraram-lhe as costas. “Neste momento com a minha família biológica as coisas melhoraram e, como o meu pai morreu há seis meses, penso que vou publicar o meu segundo livro em França, o meu país natal. Mas a minha verdadeira família é o meu grande amor, o Jorge, e os nossos três gatos”, confessa emocionada.
Apesar de já ter percorrido meio mundo – até viveu em Marrocos com um árabe – o sonho desta rapariga de 38 anos é conhecer o Japão. Por agora mostra-se feliz por saber que o seu livro de estreia está prestes a chegar a terras nipónicas.•
Perfil
Valérie Tasso nasceu em La Champagne, Reims, França, a 23 de Janeiro de 1969.•
Licenciada em Gestão de Empresas e mestre em Sexologia, foi executiva numa multinacional e… prostituta. É escritora, cronista e produtora.
Namorado abstinente

Chama-se Jorge dos Santos e, apesar do nome português, é espanhol. O avô era do Porto mas a família não demorou a dar o salto. Tem 42 anos, licenciou-se em Filosofia, mas a sua grande paixão é a arte. Além de pintar, é escultor. Valérie e Jorge conheceram-se há cerca de três anos através de um amigo comum que é psiquiatra. Ele vivia em abstinência sexual, ela tinha sexo diariamente. Os opostos atraíram-se e desde então estão juntos e felizes. Jorge acompanha-a quase sempre nas suas viagens.
Em “Diário de uma Ninfomaníaca”, Valérie Tasso fala de três mulheres distintas: a viciada em sexo que até num cemitério teve relações com o coveiro, a prostituta de luxo que saciava o seu apetite sexual enquanto ganhava dinheiro e a mulher que se apaixonou. O sucesso deste livro (traduzido em 18 línguas) foi tal que em 2008, numa co-produção europeia, será rodado um filme baseado na biografia de Valérie Tasso. “Gostava que a protagonista fosse uma actriz francesa, tal como eu”, diz a autora.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Música de Praia


Já lá vão alguns anitos desde que li este livro, não sei bem porquê ainda me recordo…

No decorrer da vida, há sempre um momento em que as agruras do passado e as promessas do futuro se encontram para dançar pela última vez............
145. A minha mãe também me ensinou que a beleza era um intocável dom maravilhoso, que muitas vezes pertencia mais ao mundo do que àqueles a quem o favor era atribuído.
146. A raiva é um grande anti-depressivo.
147. Não sei porquê, mas sempre fui mais feliz a pensar no sítio onde estive ou onde gostaria de
ir do que onde estou. É-me difícil ser feliz no presente.
148. (...) o exílio era a melhor maneira de santificar o regresso a casa.
149. A única escola que frequentei foi a dos erros e tentativas
150. Existe um pássaro bonito de mais para voar com os corvos e estorninhos. Os outros pássaros atacam-no em bandos e ferem-no quando ele tenta cantar. Nada que é terno consegue sobreviver. A natureza odeia a bondade e a docilidade. (...) Estão ambos tão cheios de amor que ficam desequilibrados. O peso insuportável desse amor inunda-os, excede-os e torna-os impossíveis de aturar. Precisam de amor em proporções iguais às que atiram fora. Toda a gente os desaponta. Mais cedo ou mais tarde acabam por morrer de frio. Nunca encontram o anjo certo.

“Sou um homem muito frio, mãe. Há algo em mim que arrepia aqueles que tentam chegar-se a mim (...). Não quero ser assim, mas, mesmo quando estou consciente disso, não consigo ser
diferente. Disse à Leah que o amor é mais uma coisa que tem de ser ensinada.
Penso que pode ser dividido em várias peças numeradas para tornar o seu manuseamento mais fácil. Acho que ninguém me ensinou, mãe. E acho que passou por cima de ti e do pai. Toda a gente está sempre a falar de amor. É como o tempo.
Mas como é que um homem como eu aprende? Como é que eu o faço sair da parte mais profunda do meu ser? Se eu soubesse como soltá-lo, partilhá-lo-ia com todos.
Distribui-lo-ia generosamente à minha volta. Mas ninguém me ensinou os passos dessa dança. Ninguém desmontou o amor para eu ver como era feito. Acho que a única maneira como posso amar é em segredo. Há um rio profundo em cujas águas me posso saciar quando não há ninguém por perto. Mas como está escondido e por descobrir, não posso chefiar uma expedição até lá. Por isso amo de modo estranho e oblíquo. O meu amor torna-se numa espécie de conjectura e não me sacia nem me apazigua a dor."

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Um


No Natal de 2004 recebi este livro de Richard Bach oferecido por um Amigo, nessa altura andava a tirar uma formação de Legislação Laboral, resultado até ser hora de ir para a formação e nos intervalos da mesma passava cada minuto a devorar esta obra com edição no ano de 2000… 
Levou-me a viajar até ás escolhas que nós fazemos na nossa vida, aos caminhos que seguimos, umas vezes certos outras errados… e ao quantas vezes pensamos “… se eu tivesse feito isto, ou se eu estivesse escolhido isto…” Uma viagem a universos paralelos onde nos encontramos com os outros possíveis EU's… 
Richard Bach tem como actividade principal a pilotagem de pequenos aviões e planadores. Vive numa ilha com a mulher, Leslie Parrish-Bach. 
“Por mais preparados que estejamos, ou mais merecedores que sejamos, só atingiremos uma vida melhor quando a imaginarmos por nós próprios e nos permitirmos tê-la” Pág. 77 
“ As coisas más não são as coisas piores que nos podem acontecer. NADA é o pior que nos pode acontecer.” Pág. 79 
“Não há desgraça que não se possa tornar uma bênção e não há bênção que não de possa tornar uma desgraça” Pág. 81
 Adorei estas viagens…