Bem vindos

Já há imenso tempo que ando para criar este blog, umas vezes por falta de tempo outras por falta de paciência... mas pronto finalmente aqui está ele... espero que gostem das viagens que lhes ofereço... só necessitam de um cadeirão e algum tempo...

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Um amor em tempos de guerra

Júlio Magalhães é um dos rostos mais conhecidos do jornalismo português, sendo director de informação da TVI, responsável pela TVI Porto e editor e pivot dos telejornais da estação ao fim-de-semana. Nascido no Porto a 7 de Fevereiro de 1963, foi para Angola com sete meses, tendo vivido um ano em Luanda e doze em Sá da Bandeira (Lubango). Em 1975 regressou para Portugal, mais precisamente para a cidade do Porto.

Aos dezasseis anos, iniciou a sua carreira como colaborador de O Comércio do Porto na área do desporto. Dois anos mais tarde integrava os quadros do mesmo jornal. Trabalhou ainda no jornal Europeu, no semanário O Liberal, na Rádio Nova e, em 1990, estreou-se na RTP onde, para além de jornalista e repórter, apresentou o programa da manhã e o Jornal da Tarde.



Editado pela A esfera dos Livros em Janeiro de 2010

Porque mesmo em tempos de guerra e sofrimento há amores que resistem a tudo.
António nasceu marcado pelo nome. O mesmo que o vizinho da rua das traseiras, o homem que se fez doutor em Coimbra e que ia à terra sempre que podia, o tal que governava o país com pulso de ferro. Mas de pouco ou nada lhe valeu tão grande nome quando o destino o enviou para Angola, para defender a pátria em nome de uma guerra distante que não era a sua.

Deixou para trás a sua terra, a mãe inconsolável e Amélia, a mulher que pedira em casamento, num banco de pedra, junto á igreja e que prometera fazer dele o homem mais feliz do Vimieiro. Promessa gravada num enxoval imaculado que ficou guardado no armário, à espera do fim daquela maldita guerra.

Quando António regressou de Angola, era um homem diferente. Marcado no corpo por anos de guerra e de cativeiro e no coração por um amor impossível que deixara em pleno mato angolano. Regressava para cumprir a promessa que fizera anos antes à sua noiva Amélia, que o julgara morto, e que, em sua memória, tinha enterrado um caixão sem corpo.

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