O enredo do mais recente romance de José Rodrigues dos Santos, “O Codex 632”, desenvolve-se em volta de uma mensagem enigmática encontrada entre os papéis que um velho historiador deixara no Rio de Janeiro antes de morrer: “MOLOC NINUNDIA OMASTOOS”.
A acção desenrola-se quando Tomás Noronha, professor de História da Universidade Nova de Lisboa e perito em criptanálise e línguas antigas, é incumbido de decifrar esta estranha cifra. Mas o mistério que ela encerrava revelou estar para além da sua imaginação, lançando-o inesperadamente na pista do mais bem guardado segredo dos Descobrimentos: a verdadeira identidade e missão de Cristóvão Colombo.
Ao longo dos séculos o debate sobre a identidade de Colombo tem dividido opiniões e criado, inclusivamente, entre historiadores e estudiosos, fortes divergências de opinião. Existem correntes distintas: há quem reclame a identidade genovesa, ao mesmo tempo que os espanhóis avançam com a teoria de que Cristóvão era catalão e tantos outros acreditam que este era português.
Numa viagem de 550 páginas o leitor confronta-se com factos curiosos como, por exemplo, a recolha de indícios de que Cristóvão Colombo era um judeu português.
No livro, ficam ainda pistas interessantes como o facto de Cristóvão Colombo ter casado com D. Filipa Moniz Perestrelo, uma jovem da nobreza portuguesa e descendente de Egas Moniz.
Além da História em si, uma das peculiaridades deste romance são as diversas estórias paralelas como, por exemplo, o romance de Tomás com Lena, uma aluna sueca e inteligente, ou a ruptura de Tomás com a sua mulher Constança. Ou ainda, a sua filha Margarida, com 9 anos e possuidora de “Trissomia 21”.
De referir, porém, que este é um romance histórico com recurso a fontes originais mas é ficcionado.
O autor José Rodrigues dos Santos nasceu em 1964 em Moçambique. É sobretudo conhecido pelo seu trabalho como jornalista, carreira que abraçou em 1981, na Rádio Macau. Trabalhou na BBC, em Londres, de 1987 a 1990, e seguiu para a RTP, onde começou a apresentar o 24 Horas. Em 1991 passou para a apresentação do Telejornal e tornou-se colaborador permanente da CNN entre 1993 e 2002.
Doutorado em Ciências da Comunicação, é professor da Universidade Nova de Lisboa e jornalista da RTP, tendo ocupado por duas vezes o cargo de Director de Informação da televisão pública. É um dos mais premiados jornalistas portugueses, galardoado com dois prémios do Clube Português de Imprensa e três da CNN, entre outros. Já publicou quatro ensaios e este é o seu terceiro romance.
Baseado em documentos históricos genuínos, este novo romance de José Rodrigues dos Santos, transporta-nos numa surpreendente viagem pelo tempo, uma aventura repleta de enigmas e mitos, segredos encobertos e pistas misteriosas, aparências enganadoras e factos silenciados, um autêntico jogo de espelhos onde a ilusão disfarça o real para dissimular a verdade. Uma obra admirável que não se consegue parar de ler!
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